segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sem sentido


Numa manhã de novo aquele acordar tenso. Uma névoa que de familiar já não me espanta surge no horizonte num sem mais e num sem cor que tinge uma vez o meu dia. Depois de um almoço de leite regado com os tradicionais ceriais criados nos EUA. Assim a manhã começa numa sujeição sem consciência à velha tradição anglo-saxónica austera mas temos de anuir que é saborosa. Uns sabores e outros desamores que campeiam numa vida tépida e sensaborona. Uma fugaz aparição leva um não sei quê de tontice que permite uma felicidade. Felicidade tonta é a mais bela e pura felicidade baseada na inocência e ainda mais na ignorância.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

"Moby Dick" de Herman Melville



Ismael quer voltar ao mar. É uma forma de fugir ao suicídio "com um gesto filosófico", diz. Mas não num navio qualquer. Quer partir para a pesca da baleia. Há vários motivos, mas um dos primeiros, explica, "foi a prodigiosa imagem da própria baleia; esse monstro, tão portentoso e enigmático, despertava a minha curiosidade".
O leitor depressa simpatizará com este rapaz. Será já, talvez, um homem feito, mas nunca se saberá a sua idade ao longo de todo o livro, "Moby Dick", de Herman Melville. Não interessa. Porque Ismael é apenas um narrador, ilustre, inteligente, cheio de humor e fina ironia, pronto a deleitar-nos com os pormenores mais deliciosos, as histórias mais incríveis, os temores e a coragem dos bravos marinheiros, as pequenas vinganças, as grandes conquistas, as insólitas amizades.
Isto é "Moby Dick" - como descrevê-lo em tão pouco espaço? São mais de 800 páginas, sim, mas cheias de histórias espantosas, que apaixonam o leitor mais incauto, mais alheio a essas andanças dos mares. Porque "Moby Dick" não é (apenas) um romance, é (quase) uma epopeia, um poema heróico, quase camoniano, um hino à coragem e à grandeza dos homens.
Ismael está em Nantucket, a terra de onde partem os grandes baleeiros americanos, e conhece Queequeg, um monstro selvagem, um canibal. A vida de Isamel esteve por um fio. Mas a convivência provou que Queequeg é um canibal amavável e dócil, e depressa entre eles nascem a ternura e a amizade.
Embarcam no Pequod à caça da baleia. Cedo perceberão que não entraram num navio qualquer - o Pequod é o barco do capitão Ahab, sobre quem se conta a história de que uma enorme baleia branca lhe arrancou uma perna.
Ahab, "mordido na carne e lacerado no espírito", é um homem solitário que quer vingar a afronta desse monstro horrível - Moby Dick. "Se avistarem uma baleia branca, berrem até rebentar as goelas!", grita aos marinheiros.
A lenda diz que Moby Dick "não só é ubíquo, mas também imortal (a imortalidade nada mais sendo que a ubiquidade referida ao tempo); que embora se cravem nos seus flancos canteiros de arpões, a baleia se afastará ilesa; e que, mesmo na hipótese de alguma vez o seu jacto surgir manchado de sangue, isso não passaria de outra decepção porque cem léguas mais adiante Moby Dick voltaria a lançar para os céus um repuxo límpido e cristalino como a água que brota numa nascente de montanha".
O grande oceano é como uma estrada medieval, cheia de salteadores, mas também de velhos conhecidos. E assim o Pequod se vai cruzando com outros navios, como o Albatroz, o Botão de Rosa, o Jungfrau, o Samuel Enderby, o Celibatário ou o Raquel. Todos trazem histórias e lendas de percursos feitos, homens que se perderam, naufrágios e mortes, tragédias e reencontros. Todos trazem novas de Moby Dick. E Ahab escuta-as, atento e ansioso por travar esse combate. Ele (ou será ela?) "encena" esse jogo de atracção-repulsa, a vingança última da sua honra perdida. Quem vencerá o duelo homem-natureza?

Herman Melville (1819 - 1891)



Herman Melville (1 de agosto de 1819, Nova York, — 28 de setembro de 1891, Nova York, EUA) foi um escritor, poeta e ensaísta estadunidense. Embora tenha obtido grande sucesso no início de sua carreira, sua popularidade foi decaindo ao longo dos anos. Faleceu quase completamente esquecido, sem conhecer o sucesso que sua mais importante obra, o romance Moby Dick, alcançaria no século XX. O livro, dividido em três volumes, foi publicado em 1851 com o título de A baleia e não obteve sucesso de crítica, tendo sido considerado o principal motivo para o declínio da carreira do autor.

Biografia
Herman Melville foi o terceiro filho de Allan e Maria Gansevoort Melvill (que posteriormente acrescentaria a letra "e" ao sobrenome). Quando criança, Melville teve escarlatina, o que afetou permanentemente sua visão. Se mudou com a família, em 1830, para Albany, onde frequentou a Albany Academy. Após a morte de seu pai, em 1832, teve de ajudar a manter a família (então com oito crianças). Assim, trabalhou como bancário, professor e fazendeiro. Em 1839, embarcou como ajudante no navio mercante St. Lawrence, com destino a Liverpool e, em 1841, no baleeiro Acushnet, a bordo do qual percorreu quase todo o Pacífico. Quando a embarcação chegou às ilhas Marquesas, na Polinésia francesa, Melville decidiu abandoná-la para viver junto aos nativos por algumas semanas. Suas aventuras como "visitante-cativo" da tribo de canibais Typee foram registradas no livro Typee, de 1846. Ainda em 1841, Melville embarcou no baleeiro australiano Lucy Ann e acabou se unindo a um motim organizado pelos tripulantes insatisfeitos pela falta de pagamento. O resultado foi que Melville foi preso em uma cadeia no Tahiti, da qual fugiu pouco depois. Todos esses acontecimentos, apesar de ocuparem menos de um mês, são descritos em seu segundo livro Omoo, de 1847. No final de 1841, embarcou como arpoador no Charles & Henry, em sua última viagem em baleeiros, e retornou a Boston como marinheiro, em 1844, a bordo da fragata United States. Seus dois primeiros livros lhe renderam muito sucesso de crítica e público e certo conforto financeiro.
Em 4 de agosto de 1847, Melville se casou com Elizabeth Shaw e, em 1849, lançou seu terceiro livro, Mardi. Da mesma forma que os outros livros, Mardi se inicia como uma aventura polinésia, no entanto, se desenvolve de modo mais introspectivo, o que desagradou o público já cativo. Dessa forma, Melville retomou à antiga fórmula literária, lançando duas novas aventuras: Redburn (1849) e White-Jacket (1850). Em seus novos livros já era possível reconhecer o tom visivelmente mais melancólico que adotaria a seguir. Em 1850, Melville e Elizabeth se mudaram para Arrowhead, uma fazenda em Pittsfield, Massachusetts (atualmente um museu), onde Melville conheceu Nathaniel Hawthorne, a quem dedicou Moby Dick, publicado em Londres, em 1851. O fracasso de vendas de Moby Dick e de Pierre, de 1852, fez com que seu editor recusasse seu manuscrito, hoje perdido, The Isle of the Cross.
Herman Melville morreu em 28 de setembro de 1891, aos 72 anos, em Nova York, em total obscuridade. O obituário do jornal The New York Times registrava o nome de "Henry Melville". Depois de trinta anos guardado numa lata, Billy Budd, romance inédito na época da morte de Melville foi publicado em 1924 e posteriormente adaptado para ópera, por Benjamin Britten, e para o teatro e o cinema, por Peter Ustinov.

Bibliografia

Romances
  • Typee, (1846)
  • Omoo, (1847)
  • Mardi, (1849)
  • Redburn, (1849)
  • White-Jacket, (1850)
  • Pierre, (1852)
  • Isle of the Cross, (1853)
  • Israel Potter, (1856)
  • The confidence-man, (1857)

Contos
  • The Piazza Tales, (1856)
    • The Piazza,
    • Bartleby, o Escrivão,
    • Benito Cereno,
    • The lightning-Rod Man,
    • The Encantadas, or Enchanted Isles,
    • The Bell-tower

Referências bibliográficas
  • Wilhelm Weber, Herman Melville: eine stilistische Untersuchung, Basel, Philographischer Verlag, 1937.
  • Pierre Frederix, Herman Melville, Paris, Gallimard, 1950.
  • Jean Giono, Pour saluer Melville, Paris, Gallimard, 1986.
  • Philippe Jaworski, Melville: le desert et l'empire, Paris, Presses de l'Ecole normale superieure, 1986.
  • Marc Richir, Melville: les assises du monde, Paris, Hachette, 1996.
  • Robert S. Levine, ed, The Cambridge companion to Herman Melville, Cambridge, Cambridge University Press, 1998.
  • Laurie Robertson-Lorant, Melville: a biography, Amherst, University of Massachusetts Press, 1998.
  • Geoffrey Sanborn, The sign of the cannibal: Melville and the making of a postcolonial reader, Durham-London, Duke university press, 1998.
  • Realino Marra, Una giustizia senza diritti. La condanna di Billy Budd, «Materiali per una storia della cultura giuridica», XXXVI-1, 2006, 103-17.
  • Barbara Spinelli, Moby Dick, o L’ossessione del male, Brescia, Morcelliana, 2010.
  • William C. Spengemann, Three American poets: Walt Withman, Emily Dickinson, and Herman Melville, Notre Dame, University of Notre Dame Press, 2010.

domingo, 7 de outubro de 2012

Niels Bohr (1885 - 1962)



Niels Henrick David Bohr (Copenhaga, 7 de Outubro de 1885 — Copenhaga, 18 de novembro de 1962) foi um físico dinamarquês  cujos trabalhos contribuíram decisivamente para a compreensão da estrutura atômica e da física quântica.
Licenciou-se na sua cidade natal em 1911 e trabalhou com Joseph John Thomson e Ernest Rutherford na Inglaterra. Em 1913, aplicando a teoria da quantificação aos elétrons/electrões do modelo atômico de Rutherford, conseguiu interpretar algumas das propriedades das séries espectrais do hidrogênio e a estrutura do sistema periódico dos elementos. Formulou o princípio da correspondência e, em 1928, o da complementaridade. Estudou ainda o modelo nuclear da gota líquida, e antes da descoberta do plutónio, previu a propriedade da cisão, análoga à do U-235. Bohr recebeu o Nobel de Física em 1922.
A sua teoria para a explicação do modelo atômico proposto por Rutherford em 1911, levando em conta a teoria quântica (formulada por Max Planck em 1900), não foi levada a sério. Depois, no decorrer e depois da década de 1920, vários físicos ajudaram a criar o modelo existente hoje. Entre estes físicos podemos citar Albert Einstein, Louis de Broglie, Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg, Wolfgang Pauli, entre outros.
Família
Seu avô paterno, Henrik Georg Christian Bohr, foi um professor, teólogo e historiador dinamarquês. Sua avó paterna se chamava Augusta Louise Caroline Rimestad.
Seu pai, Christian Bohr, foi professor de fisiologia (descobriu o Efeito de Bohr) e sua mãe, Ellen (nome de solteira Adler), provinha de uma família judaica. Um dos seus filhos, Aage Niels Bohr, ganhou o prêmio Nobel de Física em 1975. Seu irmão, o matemático Harald Bohr, iniciou o estudo das funções quase-periódicas.
Ele se casou com Margrethe Nørlund, com quem teve seis filhos, dois dos quais não sobreviveram. Seus filhos sobreviventes foram Hans Henrik (médico), Erik (engenheiro elétrico), Aage (físico) e Ernest (advogado).
Árvore genealógica baseada no artigo do site do prêmio Nobel e no Dansk biografisk lexicon. Outros cinco filhos de Niels, e possivelmente irmãos, foram omitidos por simplificação


Vida e obra
Ver artigo principal: Átomo de Bohr

Bohr e Einstein.
Quando ainda era estudante, um anúncio, da Academia de Ciências de Copenhague, de um prêmio para quem resolvesse um determinado problema científico levou-o a realizar uma investigação teórica e experimental sobre a tensão da superfície provocada pela oscilação de jactos fluídos. Este trabalho, levado a cabo no laboratório do seu pai, ganhou o prêmio ( a medalha de ouro ) e foi publicado em “Transactions of the Royal Society”, em 1908.
Bohr continuou as suas investigações e a sua tese de doutoramento incidiu sobre as propriedades dos metais com a ajuda da teoria dos electrons que ainda hoje é um clássico no campo da física. Nesta pesquisa Bohr confrontou-se com as implicações da teoria quântica de Planck. No Outono de 1911, Bohr mudou-se para Cambridge, onde trabalhou no Laboratório Cavendish sob a orientação de Joseph John Thomson.
Na Primavera de 1912, Niels Bohr passou a trabalhar no Laboratório do Professor Rutherford, em Manchester.
Neste laboratório, Bohr realizou um trabalho sobre a absorção de raios alpha, que foi publicado na “Philosophical Magazine”, em 1913.
Entretanto, Bohr passou a dedicar-se ao estudo da estrutura do átomo, baseando-se na descoberta do núcleo atómico, realizada por Ernest Rutherford.

Modelo Atômico de Rutherford.
No mesmo ano, Bohr casou com Margrethe Norlund, com quem viria a ter seis filhos. Quando regressou à Dinamarca em 1913, Bohr procurou estender ao modelo atômico proposto por Rutherford os conceitos quânticos de Planck.
Bohr acreditava que, utilizando a teoria quântica de Planck, seria possível criar um novo modelo atômico, capaz de explicar a forma como os elétrons absorvem e emitem energia radiante. Esses fenômenos eram particularmente visíveis na análise dos espectros luminosos produzidos pelos diferentes elementos. Ao contrário do produzido pela luz solar, esses espectros apresentam linhas de luz com localizações específicas, separadas por áreas escuras. Nenhuma teoria conseguira até então explicar a causa dessa distribuição.
Em 1913, Bohr , estudando o átomo de hidrogênio, conseguiu formular um novo modelo atômico. Bohr concluiu que o eletrón do átomo não emitia radiações enquanto permanecesse na mesma órbita, emitindo-as apenas quando se desloca de um nível de maior energia (órbita mais distante do núcleo, onde a sua - do elétron - energia cinética tende a diminuir enquanto que sua energia potencial tende a aumentar; mas, sua energia total aumenta) para outro de menor energia (órbita menos distante, onde sua energia cinemática tende a aumentar e sua energia potencial tende a diminuir; mas, sua energia total diminui).
A teoria quântica permitiu-lhe formular essa concepção de modo mais preciso: as órbitas não se localizariam a quaisquer distâncias do núcleo, pelo contrário, apenas algumas órbitas seriam possíveis, cada uma delas correspondendo a um nível bem definido de energia do eletrón. A transição de uma órbita para a outra seria feita por saltos pois, ao absorver energia, o eletrón saltaria para uma órbita mais externa(conceito quantum) e, ao emiti-la, passaria para outra mais interna (conceito fóton). Cada uma dessas emissões aparece no espectro como uma linha luminosa bem localizada.

Átomo de Bohr.
A teoria de Bohr, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. Assim, a teoria de Bohr permitiu a elaboração da mecânica quântica partindo de uma sólida base experimental.
A publicação da teoria sobre a constituição do átomo teve uma enorme repercussão no mundo científico. Com apenas 28 anos de idade, Bohr era um físico famoso com uma brilhante carreira. De 1914 a 1916 foi professor de Física Teórica na Universidade de Victoria, em Manchester. Mais tarde, voltou para Copenhaga, onde foi nomeado director do Instituto de Física Teórica em 1920. Em 1922, a sua contribuição foi internacionalmente reconhecida quando recebeu o Nobel de Física. No mesmo ano, Bohr escreveu o livro “The Theory of Spectra and Atomic Constitution”, cuja segunda edição foi publicada em 1924.

Instituto Niels Bohr.
Com o objetivo de comparar os resultados obtidos por meio da mecânica quântica com os resultados que, com o mesmo sistema, se obteriam na mecânica clássica, Bohr enunciou o princípio da correspondência. Segundo este princípio, a mecânica clássica representa o limite da mecânica quântica quando esta trata de fenômenos do mundo macroscópico. Bohr estudou ainda a interpretação da estrutura dos átomos complexos, a natureza das radiações X e as variações progressivas das propriedades químicas dos elementos. Bohr dedicou-se também ao estudo do núcleo atómico. O modelo de núcleo em forma de “gota de água” revelou-se muito favorável para a interpretação do fenómeno da fissão do urânio, que abriu caminho para a utilização da energia nuclear. Bohr descobriu que durante a fissão de um átomo de urânio desprendia-se uma enorme quantidade de energia e reparou então que se tratava de uma nova fonte energética de elevadíssimas potencialidades. Bohr, com a finalidade de aproveitar essa energia, foi até Princeton, na Filadélfia, onde se encontrou com Einstein e Fermi para discutir com estes o problema.

Bomba de Hidrogênio.
Em 1933, juntamente com seu aluno Wheeler, Bohr aprofundou a teoria da fissão, evidenciando o papel fundamental do urânio 235. Estes estudos permitiram prever também a existência de um novo elemento, descoberto pouco depois: o plutónio. Em 1934, publicou o livro “Atomic Theory and the Description of Nature”, que foi reeditado em 1961. Em janeiro de 1937, Bohr participou na Quinta Conferência de Física Teórica, em Washington, na qual defendeu a interpretação de L. Meitner e Otto R. Frisch, também do Instituto de Copenhaga, para a fissão do urânio. Segundo esta interpretação, um núcleo atômico de massa instável era como uma gota de água que se rompe.
Três semanas depois, os fundamentos da teoria da "gota de água" foram publicados na revista "Physical Review". A esta publicação seguiram-se muitas outras, todas relacionadas com o núcleo atómico e a disposição e características dos electrões que giram em torno dele. Um ano depois de se ter refugiado em Inglaterra, devido à ocupação nazi da Dinamarca, Bohr mudou-se para os Estados Unidos, onde ocupou o cargo de consultor do laboratório de energia atómica de Los Alamos. Neste laboratório, alguns cientistas iniciavam a construção da bomba atômica.

Esquema de Explosão Nuclear.
Bohr, compreendendo a gravidade da situação e o perigo que essa bomba poderia representar para a humanidade, dirigiu-se a Churchill e Roosevelt, num apelo à sua responsabilidade de chefes de Estado, tentando evitar a construção da bomba atómica.
Mas a tentativa de Bohr foi em vão. Em julho de 1945 a primeira bomba atómica experimental explodiu em Alamogordo. Em Agosto desse mesmo ano, uma bomba atómica destruiu a cidade de Hiroshima. Três dias depois, uma segunda bomba foi lançada em Nagasaki.
Em 1945, finda a II Guerra Mundial, Bohr regressou à Dinamarca, onde foi eleito presidente da Academia de Ciências. Bohr continuou a apoiar as vantagens da colaboração científica entre as nações e para isso foi promotor de congressos científicos organizados periodicamente na Europa e nos Estados Unidos.
Em 1950, Bohr escreveu a “Carta Aberta” às Nações Unidas em defesa da preservação da paz, por ele considerada como condição indispensável para a liberdade de pensamento e de pesquisa.
Em 1957, Niels Bohr recebeu o Prémio Átomos para a Paz. Ao mesmo tempo, o Instituto de Física Teórica, por ele dirigido desde 1920, afirmou-se como um dos principais centros intelectuais da Europa.
Bohr morreu a 18 de Novembro de 1962, vítima de uma trombose, aos 77 anos de idade. Encontra-se sepultado no Cemitério Assistens, Copenhaga, na Dinamarca.
Participou da 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Conferência de Solvay.

CERN
Niels Bohr é um dos pais fundadores do então Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN), a actual Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, conjuntamente com Pierre Auger, Raoul Dautry, François de Rose e Lew Kowarski pela França e Edoardo Amaldi pela Itália.
O professor Victor Weisskopf do CERN, antigo aluno de Niels Bohr, disse no dia da sua morte que "as bandeiras do CERN estão a meia haste. O CERN perdeu um dos seus fundadores e o mundo perdeu um homem importante".
Referências
a b Dansk biografisk lexicon, Henrik Georg Christian Bohr [em linha]


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

"Guerras Secretas: A Batalha Final"



Os mais poderosos heróis e vilãos do universo Marvel são levados para uma galáxia longínqua por uma força para além de toda a compreensão. Terão que lutar entre eles pela vitória para poder regressar à Terra. Começa assim uma das mais espectaculares sagas que jamais teve lugar na Casa das Ideias. Começam as... Guerras Secretas!
Este volume de Guerras Secretas apresenta a conclusão da mais espectacular guerra galáctia jamais contada! O argumentista Jim Shooter e o desenhador Mike Zeck levam os protagonistas da história a um final apoteótico. O volume conclui com uma narrativa muito reveladora que nos transporta um quarto de século para depois do final das Guerras Secretas.
Histórias:
Invasão!
Ataque contra Galactus!
Morte ao Beyonder!
... Do pó ao pó!
...nada que temer...
Guerras Secretas: 25 anos depois

terça-feira, 25 de setembro de 2012

"Grandes Guerras: Heróis vs Vilões"



Os mais poderosos heróis e vilões do universo Marvel são levados para uma galáxia longínqua por uma força para além de toda a compreensão. Terão que lutar entre eles pela vitória para poder regressar à Terra. Começa assim uma das mais espectaculares sagas que jamais teve lugar na Casa das Ideias. Começam as... Guerras Secretas!
Escrita por Jim Shooter, que era na altura director editorial da Marvel, e desenhada por Mike Zeck e Bob Layton, Guerras Secretas foi o primeiro dos grandes acontecimentos multi-heróis. Uma reunião de personagens como nunca se tinha visto antes na história dos comics, e que se tornou num dos maiores best-sellers de todos os tempos.
Histórias:
Prólogo
O início da guerra
Prisioneiros de guerra!
Tempestade externa, crise interna!
Situação: desesperada!
A batalha dos quatro exércitos!
Uma pequena morte...
Berserker!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

"Sobre Ética e Economia" de Amartya Sen


Este pequeno livro é uma «arca do tesouro» para economistas, filósofos e cientistas políticos interessados nas relações entre a economia contemporânea e a filosofia moral. Redigido num estilo claro, conciso e estimulante, o livro do professor Amartya Sen fornece mais do que uma síntese lapidar da literatura relevante sobre ética e economia. De um modo substancialmente inovador, mostra os contributos que a economia do equilíbrio geral pode dar para o estudo da filosofia moral; os contributos que a filosofia moral e a economia do bem-estar podem dar para a economia contemporânea; e os danos que a utilização incorreta do princípio do comportamento por interesse pessoal causou na qualidade da análise económica.
Sen demonstra que houve um grave afastamento entre a economia e a ética, que provocou uma das principais deficiências da teoria económica contemporânea.